sexta-feira, 13 de junho de 2008

Poema Luís Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver


Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;


É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Luís de Camões
Ana Cristina

2 comentários:

Anônimo disse...

Se seu nome é posto assim, abaixo do de Camões, fica parecendo que você e ele assinam o poema... O que, evidentemente, não é o caso, não é?

Anônimo disse...

Arrume os versos corretamente e retire o título, pois este soneto não possui título.